Que doenças podem estar associadas ao seu consumo?
Explicando de forma bem simples para facilitar a compreensão, o glúten é um complexo proteico formado por dois tipos básicos de proteína, a glutenina e a gliadina, que estão presentes em alguns cereais como trigo, aveia, centeio, cevada e malte.
De forma geral e popular, podemos dizer que o glúten está presente em todos os alimentos e preparações que contenham farinha de trigo principalmente, sendo muito utilizado na indústria de panificação (pães, bolos, biscoitos, torradas) e no preparo de massas (pizzas, macarrão, pastéis, etc). Mas ele também está presente nas cervejas e em outros produtos, sendo necessário ler o rótulo para identificar se o produto contém ou não glúten.
No preparo de pães e bolos, por exemplo, o glúten confere elasticidade, aderência, maciez e estrutura à preparação.
Quais seriam as doenças relacionadas ao consumo de glúten?
A mais conhecida delas é a doença celíaca, uma doença autoimune causada pela ingestão de produtos com glúten.
Aristeu da Capadócia, um médico grego, descreveu há quase dois mil anos a doença celíaca, em grego “Kolíacos” ( que sofre do intestino).
Samuel Gee, médico britânico, descreveu na época a doença celíaca como um tipo de indigestão crônica que acomete pessoas de todas as idades, mas que principalmente afeta crianças de 1 a 5 anos de idade e como sendo uma síndrome de má absorção.
O verdadeiro progresso foi feito pelo pediatra holandês, Willem Karel Dicke, que identificou o trigo como o agente causador e propôs a dieta sem glúten como tratamento.
Dr. Dicke suspeitou que o trigo poderia ser o responsável pelos sinais e sintomas que causavam sofrimento aos pacientes.
Alguns sinais e sintomas associados à má absorção: diarreia, inchaço, perda de peso, náuseas, vômitos, anemia, osteoporose, deficiência no esmalte dos dentes e outros.
Em muitas pessoas, mesmo que não tenham diagnóstico de doença celíaca, a ingesta de glúten pode causar problemas de digestão, como dor de estômago, refluxo, inchaço, gases, vômito, celulite e diarreia, além de outros problemas ( cefaleia, inflamação, agravamento de doenças autoimunes, etc.).
É importante ressaltar que a intolerância, também conhecida como sensibilidade ao glúten, se dá em graus diferentes de pessoa para pessoa, levando em conta muitos fatores e que há melhora quando se faz a sua retirada da alimentação.
Sendo assim, com o devido acompanhamento de profissionais especializados (médicos e nutricionistas) quando há o diagnóstico ou suspeita clínica é de suma importância que se exclua o glúten da dieta, pois em alguns casos, como já foi relatado em alguns estudos, pode ocorrer maior risco de desenvolvimento de doenças inclusive o câncer, como por exemplo, o linfoma de Hodgkin.