Alguns estudos científicos demonstram que a calvície pode estar associada à doenças cardíacas, doenças renais, doenças da tireoide e ao câncer.
A calvície, queda de cabelo, chamada de alopecia androgenética pode atingir 80% dos homens e até 40% das mulheres, principalmente após os 50 anos.
Cogita-se que há uma interação de fatores genéticos, hormonais (andrógenos), ambientais e de idade implicados nesse tipo de alopecia.
Outros fatores que também podem exercer um papel importante na perda do folículo capilar são:
– a anemia ferropriva, deficiência de ferro
– problemas de má absorção intestinal, com perda de nutrientes, provocando uma falha no processo de crescimento capilar
– o hábito de fumar, pois a nicotina pode comprometer a circulação do couro cabeludo
– doenças da tireoide e ovários policísticos com distúrbios hormonais que podem prejudicar a matriz germinativa do folículo capilar
– estresse
– infecções
– e outros
Existem muitas causas que podem levar à calvície, mas a hereditariedade e os hormônios devem ser sempre levados em consideração pois podem causar a atipia dos bulbos capilares, provocando a perda definitiva do cabelo, tanto nas áreas frontais como na coroa do couro cabeludo.
É preciso ficarmos atentos pois em alguns casos, a queda de cabelo pode ser um sinalizador de diversas doenças como:
– doenças cardíacas
– doenças renais
– doenças da tireoide
– câncer
– e outras
Um estudo do Journal of clinical oncology fez uma ligação entre a calvície e o câncer de próstata e evidenciou que homens que perderam cabelo na parte da frente da cabeça tinham 40 % de probabilidade de desenvolver câncer de próstata.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos, entrevistou e examinou 4.500 homens, na faixa etária de 25 a 75 anos e demonstrou que há um risco aumentado do câncer acometer homens calvos.
Outros estudos científicos evidenciaram o mesmo e sugeriram que esta associação ocorre mais quando a calvície compromete as “entradas” e a “coroa” do couro cabeludo.
A calvície também pode ocorrer quando os níveis sanguíneos de dihidrotestosterona (DHT), que é um produto da testosterona, estão elevados.
A relação entre a calvície e os hormônios androgênicos também pode estar associada ao câncer de próstata.
A finasterida é um medicamento muito prescrito para tratar calvície, pois inibe a conversão da testosterona em um androgênio chamado dihidrotestosterona, o DHT, que mencionei anteriormente e que está envolvido na queda do cabelo.
Este mesmo medicamento é usado para tratar o câncer de próstata.
Mas esse medicamento só deve ser usado com indicação e prescrição médica.
Sendo assim, caso o paciente apresente queda de cabelo exagerada, é importante que o médico fique atento e investigue também a possível presença de um câncer.
De qualquer forma, precisamos de mais estudos, à nível molecular para entendermos melhor se há e qual seria a ligação entre os hormônios androgênicos, a calvície e o câncer de próstata.
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